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3 min

A Saúde Mental no Mercado de Trabalho

Com a chegada do nono mês do ano, iniciam-se as atividades relativas à campanha do Setembro Amarelo. Tal campanha vem sendo organizada e promovida no Brasil desde 2014, por meio de uma parceria da Associação Brasileira de Psiquiatria e do Conselho Federal de Medicina.

Escrito por

Jade

Publicado em

12 dez 2022

A escolha do mês de setembro para a realização da campanha ocorre pois o dia 10 deste mesmo mês é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Atrelada diretamente a questão de prevenção ao suicídio, está o tema da saúde mental em todos os
âmbitos de convivência, incluindo também a esfera laboral. 

A saúde mental no âmbito do trabalho deve receber uma especial atenção, afinal é neste espaço onde os indivíduos passam uma significativa parte de seu tempo. Neste aspecto, é muito importante que o trabalhador tenha suas necessidades e direitos devidamente atendidos, por meio de um bom ambiente de trabalho, boas relações entre colegas, além de uma experiência de trabalho compatível com suas capacidades, dentre outras questões. 

Um ambiente de trabalho harmônico e sadio perpassa exatamente por um bom cuidado para com a saúde mental do trabalhador. Deve-se saber que para manter uma boa produtividade, o trabalhador deve estar bem mentalmente. Dados da OMS apontam que, há um prejuízo de U$1 trilhão a economia global devido a sofrimentos mentais que acometem cerca de 264 milhões de trabalhadores no planeta. Tal estimativa demonstra que gastos com a promoção de saúde mental no trabalho é de fato um investimento mais do que necessário, em diversos aspectos. 

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Entretanto com a crescente uberização do trabalho no Brasil, está cada vez mais difícil zelar pela manutenção da saúde mental dos trabalhadores. Este modelo de trabalho promete uma maior flexibilidade de horários, mas engana-se quem pensa que isso é positivo. Um salário incerto, grande carga horária e ausência de direitos trabalhistas resumem bem a precariedade desse “novo modo de trabalhar”.

Mas afinal, o que isso tem a ver com a discussão sobre o bem estar do trabalhador? Tudo, porque não se pode apenas discutir sobre a importância da saúde mental, mas sim efetivá-la. Um trabalhador que vive com a insegurança dos trabalhos informais, não tem o privilégio de usufruir dessa discussão no dia a dia. Por isso, é necessário entender que para um alcance pleno do bem estar do trabalhador, é preciso uma modificação nessa base trabalhista, só assim, a saúde mental deixará de ser um privilégio e passará a ser uma realidade.

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